terça-feira, 16 de dezembro de 2008

1970 - Nossas roupas eram transdeslumbres !!!


LP do show "Gal a todo vapor " e Rosi di Primo na capa da revista Manchete de set/1973.

Falando sobre Dilma Vana Rousseff, atual ministra da Casa Civil e a primeira mulher candidata a presidência do nosso país e buscando informações sobre sua história, pois faço parte desta gama dos 47,8% que não a conhecem direito (de acordo com recente pesquisa divulgada)pois como ando envolvida por uma onda nostálgica que me assola já algum tempo, eu as convido a me acompanharem nesta viagem sem pretensão jornalística, nem tão pouco fidedigna a realidade, mas apenas descrevendo as lembranças de uma época que marcou imensamente minha vida, claro com uma pesquisadinha aqui outra ali e vários depoimentos e recordações das amigas do "Quarenta a mil" .
Participem com suas histórias.


A época imagino era inicio dos anos setenta onde o ato de se vestir significava expressar nossas opiniões sobre a vida e sobre o sistema que estavam recentemente ligados a fatos como o AI5 por exemplo. Assim qualquer forma de comunicação era utilizada, dentre elas as nossas roupas tinham papel fundamental.

As lojas lançadoras de moda de consumo eram Sloper e Sears (esta inclusive fui vendedora) e as masculinas Dijon e Mau Mau.


A Calça jeans, totalmente desbotada, tinha sua costura lateral desfeita e ali inseridos panos diversos, quanto mais personalizados melhor, com miçangas, paetês, lantejoulas, debruns, etc... Batas diversas, os chamados “vintage” que era uma espécie de troca de roupas usadas, uma forma de dizer não ao consumismo, ou seja, nada era por acaso, a idéia era sempre associar algum tipo de mensagem ou contestadora ou de “paz e amor”.


Vestidos e saias compridas bem abaixo da cintura, como usava Gal Costa no seu show, “Gal a todo vapor “. Usávamos muito um tecido chamado carne seca , baratíssimo , cerca de um cruzeiro mais ou menos , que era um algodão cru usado para cobrir as máquinas estampadoras e absorver o excesso de tinta , formando assim borrões impressionistas, que podiam ser transformados em qualquer peça de roupa. No tecido ficava um cheiro forte de tinta impregnado que juntamente com os aromas de patchuli e maconha marcaram esta época.


O veludo molhado também era tudo, vocês lembram ???? Nossa eu me achava “demais” com alguma peça do gênero.


Tinha também as tais calças pijamas e o rosa era proibido para homens até quando José Wilker, desbunde do teatro na época, surgia fagueiro vestido de rosa da cabeça aos pés dando “giros” por Ipanema.

Nos pés lembro-me bem dos tamancos tipo holandês de preferência da Smuggler, conga pintado a mão e as caríssimas botas de salto alto de couro de cobra que a turma “hippies de boutiques” eram os únicos privilegiados a usufruir.



Na praia Rose Di Primo (maravilhosa em uma época que não existia a cultura de academias) lançava a tanga, na qual preferíamos a de crochê, mas aí é um capitulo a parte.
Querem saber mais sobre o AI5 ??? Leiam o post anterior sobre o assunto abordado no blog da DILMA PRESIDENTE.

7 comentários:

  1. Mônica,

    Gostei muito do que escreveu sobre as roupas da década de 1970. Não vivi nessa época mas pelo que li e ouvi realmente tudo era utilizado como forma de comunicação, já que os meios mais comuns eram intensamente controlados.
    Me incluo nos 47,8% que não conhecem muito a Dilma Rousseff e, por isso, não tenho uma opinião formada a respeito dela mas tem um fato que me faz ter os dois pés atrás com ela: Ela adiou em 50 anos a abertura dos arquivos da ditadura militar que estavam previstos para 2004. Adiando, por tempo indeterminado os que, segundo ela "oferecem risco ao Estado". Esses arquivos seriam os que citam nomes que ainda circulam na cena política de forma bastante comprometedora. Acho que essa atitude é um tanto contraditória para alguém que, como ela, participou ativamente da luta contra a ditadura.

    Beijinhos,
    Jacque

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  2. Jacque,

    seja muito bem vinda ao blog ! O meu apoio a candidatura da Dilma se dá através da fidelidade ao partido, da indicação do nosso presidente e principalmente por ser ela a primeira mulher presidente do nosso país. Acho-a competente, porém como disse na matéria faço parte dos que ainda não a conhecem totalmente, no entanto sua história de luta pelo Brasil, pela democracia e seu trabalho junto à equipe do Lula, me faz crer que é a minha única e melhor opção, não consigo imaginar nada melhor. Entendo também que sabendo filtrar as informações, com inteligência como é comum ao senso feminino, saberemos distinguir o que é certo e errado na época de campanha e faremos a aposta certa.

    Até onde sei uma disputa entre Dilma e Celso Amorin ( Relações Exteriores) emperraram a decisão do Lula na abertura dos arquivos, porém a Dilma fazia parte do grupo que defendia o chamado "fim do sigilo absoluto", pesquisemos, pesquisemos então.

    Sobre os anos setenta farei novas e interessantes abordagens, acompanhe.


    Beijos grandes.

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  3. Oi, um comentário seu no blogue do Zé Sérgio - boa praça pra valer - trouxe-me até aqui. Estou dando uma espiada; afinal, sou um bocado curioso. Abraços.

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  4. Legal Moacy,
    seja muito bem vindo ao meu humilde blog que está em construção e aprendendo muito com alguns caras feras por aí e o Zé Sergio é um deles.

    Forte abraço.

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  5. Bom, também não conheço muito a história da Dilma Rousseffe, porém, a respeito da enquete do blog que questiona a importancia de uma mulher na presidencia, acho que o que realmente importa não é se teremos neste cargo um homemm ou uma mulher e sim alguém competente o suficiente para desempenhar as funções de um Presidente.

    Abçs...

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  6. A anonima se chama Juliana Albuquerque.. rsrsrs... é q eu só consegui postar anonima, embora não seja muito fâ do anonimato !!!! rsrsrsrsrsrs......

    Abçs, Deusa de Amarelo ! kkkkkk...

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  7. Anônima da mãe, se você tivesse só mais um pouquinho de calma no que faz, tudo daria certo.
    Beijos, te amo !

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