sexta-feira, 6 de março de 2009

EDUCAÇÃO








Juju minha filha é funcionária da prefeitura de Niterói e o orgulho da casa, completou dezoito anos em janeiro e em fevereiro estava empregada. Um ano depois passava em seu primeiro concurso e hoje faz engenharia, pensa ainda em fazer um curso no SENAI e outro concurso para Federal ou para Marinha. Ela tem 19 anos.

O namorado dela tem 20, faz engenharia é técnico em solda e está fazendo provas para a Petrobrás em busca de uma certificação de outro curso de ultra som, que ele garante é o tuuuuuudo de bom !!!!!!!! deve ser mesmo pelo entusiasmo.

Mas nem sempre foi assim. Ela dançava em um grupo de lambaeróbica , queria fazer parte do tchan , se matriculou em Educação Física (quase morri nesta época) , chorava dizendo que iria virar freira se continuasse em casa, odiava estudar, não lavava o prato que comia e me ameaçava ir ao Castelo das Pedras o maldito baile funk, aliás das oitocentas ameaças que ela fez ainda conseguiu ir ao baile por duas vezes e posso garantir que foram os piores noites da minha vida.

Eu e meu marido temos alguns critérios para educarmos nossos quatro filhos.


Respeito incondicional aos mais velhos, aos professores, aos pais .
União familiar.
Responsabilidade do mais velho para com o mais novo e o mais velho deverá obrigatoriamente ser exemplo para os mais novos.
Respeito às tradições.
SOLIDARIEDADE.
Ouvir boa música, ler livros, etc...
Comportamento e disciplina.
Escolas e Universidades públicas de excelência (As técnicas, Pedro II, CAP’s, etc. ..)
Projeto do tipo menor aprendiz a partir dos 16 anos.
Incentivo ao esporte.
Segurança financeira (concurso e investimentos em cursos).
Controle orçamentário.

Madrugar, pois o corpo acostuma a preguiça.


Uns são critério do pai outros meus e é obvio que não conseguimos aplicar isso cem por cento e nem tão pouco os meus filhos são perfeitos. Mas não desistimos, não abandonamos e se depender de nós dois todos serão pessoas de bem e realizadas em suas carreiras profissionais e para isso trabalhamos muito e é nossa meta principal, formar cidadãos de bem .

Minha filha chegou esta semana deprimida contando a seguinte história:

“Mãe, nós fazemos vários atendimentos tristes no CRAS (centro de Referência de Assistência social ) mas hoje em particular , uma senhora da comunidade está com câncer e sua filha tem quatro filhos, de seis , cinco, três anos e bebê de dez meses. A mãe deles foi seqüestrada por bandidos de outra facção e está desaparecida a dez dias , a avó precisa iniciar seu tratamento e as crianças terão quer ir para adoção , só que demanda tempo e todos estão passando necessidade , as meninas maiores ainda comem na escola mas o bebê está passando fome, em visita no local as assistentes sociais viram que o bebê estava nu, o que podemos fazer ?” e chorou muito e não conseguiu comer... Ali percebi que o conceito “Solidariedade” estava implantado na minha menina.

Bom, vimos o que tínhamos no cartão alimentação, juntamos roupas, fizemos compras e ela levou , estamos imbuídas em ajudar mais, levarei meus meninos maiores que desperdiçam alimentos para conhecer este problema de perto, precisam saber como é o mundo.

Ela já havia me deixado orgulhosa, na semana de carnaval quando comentou que Ivone Lara estava em Itaipuaçu e nenhuns dos seus amigos quiseram assistir com ela, optando pelo “trance” que ela odeia , porém, ali percebi que o bom gosto musical também já havia sido absorvido pela minha pequena, então conclui: Temos que insistir, temos que perseverar, pois o mal não necessariamente precisa vencer o bem. E pensar que ainda faltam mais três meninos....




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2 comentários:

  1. Parabéns, Mônica! Aqui em casa ainda estou na fase da briga para lavar os pratos...
    beijo, que linda a sua família!

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  2. Olga, essa fase é duradoura, a do banho por exemplo os meninos ainda contestam quando os obrigo a irem para o chuveiro: - Mas a gente não vai sair , pô!!!!!!!!!

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