sábado, 4 de abril de 2009

Como diria Luiz Carlos da Vila , "como queria ser um Diniz !!!"


Tive o privilégio de assistir semana passada MONARCO E FAMILIA DINIZ, no espaço Cultural da LIGHT, empresa que trabalho e me proporciona momentos maravilhosos no horário do almoço , com uma programação da mais alta patente, como diria os Imperianos queridos, e gratuita diga-se de passagem.

Como tudo na minha vida , o troço não é tão fácil. Pelo fato da programação ser aberta ao público em geral , precisamos claro por questões de principios enfrentar a fila da senha, porém , não podemos nos ausentar do setor para isto . Olha é um problema ... Já começa que temos de convencer um dos quinhentos mil aposentados que montam guarda desde as sete da manhã , argumentando que estamos trabalhando , que precisamos que alguém guarde nosso lugar na fila , que iremos descer na hora da senha depois no show e blá, blá, blá...

Depois de toda logística eu e Izabella Reboredo, (faço aqui um aparte) minha querida amiga sambista de vinte e cinco anos daquelas do tipo que você tem certeza que é reencarnada , pois o gosto musical é da década de quarenta, desfila em quatro escolas de samba no mesmo dia e dorme no barracão atrás de fantasia, finalmente fomos assistir o tão esperado show.

Belinha

Ouvir Monarco , é sublime , Mauro Diniz com aquela voz de veludo e o tempero Malandreado de Marquinho, foi realmente especial. As histórias familiares e cotidianas do patriarca da familia , relembrando a sua juventude ao lado de Natal , dos seus filhos , esposa e parceiros musicais da Portela, nos remete ao passado em uma viagem a quadra da querida Portela de 1940, de 1970 e por aí vai... Um doce deleite... Sem contar Ricardo Cravo Albim , com intervenções esclarecedoras de sua inciclopédia do samba descrevendo com maestria a trajetória do artista e do mundo da música em geral. Uma aula !!!!

No final do show , precisávamos fotografar ao lado do Monarco de qualquer jeito e para isso convencemos o fotógrafo do projeto que nos levou escondido por trás das cortinas e o produtor Maciel, saiu correndo e gritando que não podíamos entrar ali, mas conseguimos chegar ao camarim, demos um puxão no Monarco e tascamos um beijo em cada lado da bochecha dele, a Belinha entusiasmada só sabia repetir – “Seu Monarco”, é uma honra estar ao seu lado, “seu Monarco” , é uma honra estar ao seu lado.... Tiramos a foto e levamos uma tremenda bronca do Maciel que neste momento estava atrás de nós duas com uma cara fechadíssima, mas não queria fazer feio na frente do mestre, saímos escondendo o crachá claro, para não levarmos mais bronca do chefe que nesta hora, já devia estar querendo comer nosso fígado por estarmos atrasadas uma hora do horário do almoço. Saímos as duas cantando: - Pode falar o que quiser não tô nem aí... nada me aborrece , parodiando o samba em homenagem ao Paulo da Portela que tínhamos acabado de ouvir .

A foto ainda não conseguimos pegar, estamos esperando acalmar os ânimos de Maciel, tão logo faça o resgate, prometo publicar.

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3 comentários:

  1. Mônica, fica devendo então sua foto publicada no blog, ao lado do fabuloso mestre Monarco. E obrigado por suas visitas à Av. Copacabana, tá ! Bjs, Jôka P.

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  2. Jôka, visito seu blog por gostar muito dos textos , sempre atuais , inteligentes e irreverentes.

    Bjs pra você também... e seja super bem vindo!!!

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  3. Amiga, "tardando mas não falhando", passo aqui nesse feriado xoxo para agradecer a referência à minha pessoa no post sobre o Grande, enorme, gigante Monarco. A certeza da reencarnação eu já tinha, mas obrigada pelo elogio ao meu gosto musical. Ando ultimamente passeando por outras bandas, e hoje me peguei baixando "Feira de Mangaio" com os saudosíssimos Clara Nunes e Sivuca e "Romaria", na voz da maravilhosa Elis Regina. E procurando, obviamente, as letras. Bjos e até amanhã.

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